terça-feira, 22 de julho de 2008

Religião

Domingo passado fui com Caiozinho à missa. Foi a solenidade de apresentação dele no templo e à comunidade. Na verdade, é uma tradição que surgiu com a apresentação de Jesus, como é narrado na passagem bíblica de Lucas 2, 25-40.

Foi um momento lindo, de músicas e orações envolventes, apesar de ter sido uma cerimônia simples. Claro, não era festa. Mas fiquei pensando: "Qual a importância de ingressar a criança na religião da mãe?"

O papai de Caio não tem religião. Acredita em Deus do modo dele, mas não nas pessoas. Acha os rituais vazios e as pessoas, falsas e hipócritas. É um direito dele. O fato de eu ser católica e ele ter esse pensamento não nos causa problemas. Até porque ele acha bom que eu dê um direcionamento religioso ao nosso filhote. (E se ele se opusesse, como seria?)

Minha cunhada é evangélica. Ela acredita que não se deve dançar, comprar brinquedos da Hello Kit ou assistir a filmes da Barbie, por exemplo. Só que minhas sobrinhas, de 5 e 2 anos, curtem tudo isso. Dá uma dó das meninas, mas entendo o argumento da mãe: "Quando elas crescerem, terão o discernimento delas, para escolher a religião delas. Por enquanto, eu sou responsável por sua educação, e vou guiá-las segundo o que eu acredito".

Assim também será com Caiozinho. Quando crescer, terá todo o direito de enxergar as coisas do jeito dele. Por enquanto, gostaria que ele fosse criado como eu fui (e como o pai dele foi também): confiando em Papai do Céu, fazendo orações antes de dormir, chamando Nossa Senhora de mãe. E também sabendo que sim, as pessoas fingem, e que você pode se decepcionar com elas. Mas a experiência de fé é individual, pessoal e intransferível.

Ps.: Procurei um artigo sobre a importância da religião para as crianças, mas todos que eu encontrei falavam apenas sobre a religião como parte da educação a ser dada aos filhos. Um deles (do professor Felipe Aquino) dizia assim: "Mas, o mais importante é você formar o seu filho para enfrentar 'qualquer problema e ambiente' longe de você, sem sofrer possíveis malefícios para a sua educação."

Burp!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Procura-se uma babá

Daqui a dois meses eu volto a trabalhar. Confesso que estou com saudades da labuta profissional, mas agora o buraco é mais embaixo. Duas coisas me afligem:

Primeiro, deixar meu bebê em casa e passar boa parte do dia longe dele. Sou jornalista, e isto quer dizer rotina praticamente zero. Já adiantei ao chefe a possibilidade de fazer um turnão, em vez de matutino e vespertino. Só não sei se ele vai aceitar. Aí vem um tal de cobrir evento à noite. Oh, meu Deus! Caiozinho e eu estamos tão grudados que vai ser difícil. Mamãe fica com saudade só de pensar!

A segunda coisa que me aflige é: onde vou arranjar uma babá em que eu confie? Eu sei, babá ideal, você está por aí em algum lugar, mas onde? As perspectivas que tenho não são nada animadoras. Deixemos de eufemismo. As perspectivas que tenho são aterradoras. Há muito, muito tempo mesmo, não encontramos uma pessoa razoável para trabalhar aqui em casa, quanto mais para cuidar de um bebê.

Não é drama não: a última que saiu daqui foi ao supermercado três vezes e não acertou comprar um Ddanoninho. A mulher que trabalha aqui agora, há cerca de um mês, limpa a estante e coloca todos os livros com a lombada para a parede. Ela volta sem comprar o pão porque um dos sabores que a gente queria não tem. "Ué, você queria que trouxesse os outros assim mesmo?" E o pior eu descobri ontem: ela não sabe usar o telefone! Isso mesmo! Ela não sabe como fazer uma ligação e nem como falar ao telefone de maneira que se entenda. É possível, um tipo desses, ficar responsável por uma criança?

Babá ideal - sim, porque a perfeita eu sei que não existe - onde quer que você se encontre, apareça!

Se alguém tiver uma idéia melhor aí, por favor, não se acanhe. Eu sou toda ouvidos!

Burp!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Dois meses: vacinas


Hoje é aniversário de Caiozinho. Meu rapaz completa dois meses. Em vez de festa, ele ganhou vacinas!! Já havia recebido as vacinas BCG e Hepatite B. Agora foi a vez da Anti-pólio, da Tetravalente e da Rotavírus. Dessa vez ele pode apresentar reações como dor no local e febre.

E já que a vacinação é uma das medidas mais importantes de prevenção contra doenças, sempre é bom saber pra quê cada uma delas serve:

BCG - Proteção contra as formas graves da tuberculose, doença contagiosa, produzida
por bactéria que atinge principalmente os pulmões. A criança toma uma dose, ainda na maternidade.
Hepatite B - Proteção contra hepatite B, doença causada por um vírus e que provoca mal-estar, febre baixa, dor de cabeça, fadiga, dor abdominal, náuseas, vômitos e aversão a alguns alimentos. A Hepatite B é grave, porque pode levar a uma infecção crônica (permanente) do fígado e, na idade adulta, levar ao câncer de fígado.
Anti-pólio - Proteção contra a poliomielite ou paralisia infantil, doença contagiosa, provocada por vírus e caracterizada por paralisia súbita, geralmente, nas pernas.
Tetravalente - Proteção contra a difteria, o tétano, a coqueluche e um tipo de meningite. A difteria atinge as amídalas, a faringe, o nariz e a pele, onde provoca placas branco-acinzentadas.
Rotavírus - Proteção contra o vírus da família Reoviridae que causa diarréia grave freqüentemente acompanhada de febre e vômitos. O bebê toma duas doses, aos 2 e 4 meses de idade

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Muito bom!

Tudo bem que a gente adora ver nossos bebês rindo, mas isso também já é demais! Muito bom, não tem quem não ria junto.

domingo, 13 de julho de 2008

Todo Cuidado é Pouco!!!


Para ter um bebê em casa é necessário uma mudança radical na rotina, e uma infinita disponibilidade de tempo, pois, com a nova vidinha em suas mãos cada segundo é precioso...
Quando recebi Heloisa estava bem tranqüila, a experiência da minha primeira filha, Maria Eduarda, deixava-me confortável. Eu achava que podia cuidar do nenê sem maiores problemas. Mas, depois de alguns dias em casa pude comprovar: nenhuma pessoa é igual à outra, mesmo saíndo do mesmo lugar!
Aprendi (acho que ainda estou aprendendo) que nós seres humanos somos muito frágeis e que devemos agradecer ao Criador em todos os momentos. Heloisa nasceu com refluxo, a doença da moda, e vira e mexe nos dá sustos mesmo depositando nela todo cuidado e atenção que essa patologia merece.
O pior dos sustos, e que merece ser relatado aconteceu quando minha Helo tinha 18 dias de vida, amamentei, coloquei para arrotar, ela dormiu e pus no berço. A minha Duda, sempre muito atenciosa olhava sempre, mas, naquele dia Duda foi o anjo da guarda dela, pois, encontrou Heloisa sufocada...
Eduarda me chamou, e eu encontrei minha filha roxa, sem ar, os olhos quase parados, sem brilho... peguei-a do berço e vivi os segundos mais apavorantes e desesperadores da minha vida! Gritei, andei, e quando senti que estava perdendo meu bebê, tive a idéia de chupar o narizinho dela... aos poucos ela foi voltando, mas bem estranha... e eu pedia a Deus para que ela chorasse... e graças à Ele ela chorou!
Encaminhamos para o pediatra e seguimos a risca o que ele recomendou... está tudo bem agora... apesar dos sustos de vez em quando.

Por isso todo cuidado é pouco! Vai aí algumas dicas de cuidados com o seu bebê:

► A manutenção do leite materno é essencial, assim como deixar a criança no colo “em pé” para arrotar depois de alimentada por pelo menos meia hora antes de deitá-la. Se a criança já toma leite de vaca, às vezes poderá ser necessário engrossar com farinha de arroz ou milho.

► Fracionar a alimentação para que o estômago não distenda e o refluxo seja evitado. A quantidade de alimento deve ser menor por vez e dada em mais vezes ao dia. Alguns alimentos devem ser evitados como gorduras e frituras, chocolate, sucos cítricos (ácidos), café, refrigerante e iogurte.

A cabeceira do berço ou da cama da criança deve ficar elevada para que a ação da gravidade ajude o esvaziamento gástrico, assim como a posição de lado em cima do braço direito.

► Os casos mais sérios são tratados com medicação que auxiliam também no esvaziamento gástrico e neutralizam a acidez da substância do estômago. A indicação de cirurgia hoje é pequena devido ao bom desempenho dos medicamentos e dos cuidados na vida diária.

sábado, 12 de julho de 2008

Meu bebê deve ou não arrotar?

O assunto arroto sempre permeia as rodas de conversas das mamães que normalmente têm muitas dúvidas em relação ao tema. Será que realmente o bebê deve arrotar? E se não arrotar, tem algum problema? Até quando eu tenho que colocar meu bebê para arrotar?

Realmente essa questão gera alguns pontos de interrogação, já que as mamães não conhecem o motivo que faz do arroto um cuidado importante no dia-a-dia de um bebê. Aproveitando, mamãe: você sabe como surge o arroto? É válido o bebê arrotar? Bem, vamos lá...

Quando o bebê está mamando, seja no peito ou na mamadeira, geralmente há uma ingestão de ar, isto é, o bebê engole ar.

Isso ocorre principalmente em bebês que mamam em mamadeira, pois a anatomia entre o peito da mãe e a boca do bebê é perfeita, se encaixando de uma forma que dificulta a entrada de ar se mamãe e bebê estiverem em posição correta.

Já o encaixe do bico da mamadeira e a boca do bebê não é tão perfeita assim, facilitando a entrada de ar.

O ar entra até o estômago do bebê que é mais leve que o leite e por isso tende a voltar. Quando o ar volta é o que conhecemos por arroto, que pode vir acompanhado de uma pequena quantidade de leite, a regurgitação.

Por normalmente o arroto vir acompanhado de uma regurgitação, o bebê que estiver deitado de costas ou de bruços no berço pode aspirar o leite que voltou e se asfixiar.

Portanto, a questão se deve arrotar ou não é relativa. Caso o bebê mame sem problema (sem entrada de ar), não existe a necessidade de esperar um arroto.

Arroto contra cólicas

Outra conseqüência do bebê que engole ar e não arrota são as cólicas. Com o estômago cheio de ar e o sistema digestivo ainda imaturo, aparecem as terríveis cólicas. Os bebês choram muito e nada os consolam.

O arroto é uma forma de tentar evitar que as cólicas apareçam. Fazer massagens na barriga e exercícios tipo bicicleta no bebê de barriga vazia são maneiras de fazer com que o bebê elimine os gases e também evitar as cólicas.

Depois da mamada, a mamãe deve colocar seu bebê na posição vertical com a cabeça no seu ombro e a barriga encostada no peito. O arroto aparece até os dez primeiros minutos, às vezes, pode demorar um pouco mais.

Posições ideais para o bebê

A mamãe não deve se preocupar caso seu bebê não arrote. Provavelmente a mamãe não ouviu o arroto, que nem sempre vem com barulho, ou o bebê não engoliu ar durante a mamada e, portanto, não tem ar para sair, não havendo o arroto.

Se a mamãe estiver com muita pressa ou tem um compromisso que a impeça de colocar seu bebê para arrotar, é melhor que coloque o bebê deitado de lado no berço para que, se o arroto aparecer com regurgitação, o bebê não tenha chance de se asfixiar.

Uma das melhores posições para que o bebê não engula ar durante a amamentação é aquela em que o bebê fica com a cabecinha apoiada na volta de dentro do cotovelo da mamãe, barriga encostada com a barriga da mamãe e de boca bem aberta abocanhado a maior parte da aréola do seio da mamãe.

Colocar o bebê para o arrotar deve ser um cuidado por pelo menos até o sexto mês de vida do bebê onde o sistema digestivo do bebê já está bem mais maduro.

Dicas

Coloque o bebê na posição vertical com a cabecinha no seu ombro e se precisar dê uns tapinhas bem levinhos nas costas para estimular o arroto.

Ao colocar o bebê no berço depois da mamada, coloque-o de lado para evitar asfixia do leite que pode voltar.

O arroto não está associado à saciedade do bebê. Se o bebê mamar corretamente, sem engolir ar, não tem motivo para forçar um arroto.


Encontrei este artigo aqui, quando quis saber mais sobre o arroto e a regurgitação (que chamamos de golfada, aqui na Bahia) e resolvi compartilhar.

Leite e leite em abundância

Ouvia e ainda ouçou muita coisa sobre o ato de amamentar. Como meu parto foi cirúrgico meu leite demorou uns dois ou três dias pra sair mesmo e nínguem me falou (???) No segundo dia de nascido deram à Khalil um tal de NAN, no copinho porque ele chorava de fome, do terceiro dia em diante o apelo foi mesmo ao Divino, eu pedia à Deus pra mandar leite e leite em abundância, e veio... rsrs... Depois vieram também: canjica, milho cozido, bolo de milho e tudo de milho...
Crendice ou não, o certo é que hoje não falta leite pra Khalil e vira e mexe meu pai aparece com uma canjiquinha aqui em casa... haha

Ainda hoje tem gente urubuzando dizendo: " Vai... O bico do seu peito ainda vai rachar, o meu rachou o de todo mundo racha..."
Credo em cruz... sái pra lá fubá!!!
Continuo com os bicos intactos, dá pra amamentar direitinho, as vezes dói quando está muito cheio, mas, nada que Kaká não resolva. Uns exercíciozinhos também são bons, na hora do banho eu puxo, com delicadeza, lógico, passo bucha vegetal enfim... Tudo que me ensinam os mais velhos eu faço, é natural!!!

Então tá, com dor ou não, rachado ou não, amamentar é mágico também. É lindo saber que aquela coisinha fofinha depende exclusivamente de você e a cada dia se torna mais forte com leite que sái do seu corpo.
Boa sorte!!!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Boquinha nervosa

Hoje estava contando à minha amiga Deise, que está grávida, sobre a coisa mais difícil pela qual eu já passei na vida: amamentar nos primeiros dias depois do parto. Seios rachados, pouco leite e uma boquinha faminta sob minha responsabilidade.

Não sei se com todo mundo é assim, mas comigo, os primeiros 15 dias foram de puro sofrimento. Fisicamente, é a pior dor que eu já senti. Nem contração dói tanto. Nada adiantava, só rezar pra Deus e Nossa Senhora. Eu chorava, e todo mundo chorava em volta. Deus me livre.

Emocionalmente foi pior ainda. Eu me sentia completamente incompetente - a necessidade mais básica do meu filho, se alimentar, eu não conseguia suprir. E o pior é que eu tinha medo de sentir dor, e remorso por estar com medo enquanto meu bebê estava com fome. Quase pirei! Sorte que eu tive ajuda da minha mãe, minha irmã e Dudu.

Na maternidade, uma das enfermeiras falou assim pra mim: "Amamente no peito. Pense naquele bebêzinho gordinho, fofinho que você vai ter no colo daqui uns tempos". Putz... Era tudo que eu queria!

Passados os primeiros 15 dias, começou a surgir a bonança no horizonte. Já com leite mais abundante, seios cicatrizando, comecei a curtir o que considero o momento de maior intimidade entre Caio e eu. Ah! E como meu filho gosta de mamar, Deus benza!

Agora, 55 dias depois do parto, eis que tenho um bebê gordinho, fofinho nos meus braços!! Tô orgulhosa, sim. Tô toda boba. Afinal de contas, eu consegui.

Moral da história: Acredite você também consegue. Seu bebê - e seu corpo - vão agradecer. Mas longe de mim criticar quem não tiver forças para ultrapassar os 15 dias.

Burp!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Nasceu!

É na hora de botar pra arrotar que a gente pára pra pensar na vida. Em como a nossa vida mudou e na vidinha que temos no colo. É na hora do arroto que a gente encontra dúvidas, idéias e certezas.

Aqui, no "A hora do arroto", mulheres diferentes, com filhos e filhas de idades - e gênios - diferentes, se encontram para compartilhar experiências e tentar entender a difícil e deliciosa arte de ser mãe. Seja bem-vinda, você e seu bebê!