quinta-feira, 10 de julho de 2008

Boquinha nervosa

Hoje estava contando à minha amiga Deise, que está grávida, sobre a coisa mais difícil pela qual eu já passei na vida: amamentar nos primeiros dias depois do parto. Seios rachados, pouco leite e uma boquinha faminta sob minha responsabilidade.

Não sei se com todo mundo é assim, mas comigo, os primeiros 15 dias foram de puro sofrimento. Fisicamente, é a pior dor que eu já senti. Nem contração dói tanto. Nada adiantava, só rezar pra Deus e Nossa Senhora. Eu chorava, e todo mundo chorava em volta. Deus me livre.

Emocionalmente foi pior ainda. Eu me sentia completamente incompetente - a necessidade mais básica do meu filho, se alimentar, eu não conseguia suprir. E o pior é que eu tinha medo de sentir dor, e remorso por estar com medo enquanto meu bebê estava com fome. Quase pirei! Sorte que eu tive ajuda da minha mãe, minha irmã e Dudu.

Na maternidade, uma das enfermeiras falou assim pra mim: "Amamente no peito. Pense naquele bebêzinho gordinho, fofinho que você vai ter no colo daqui uns tempos". Putz... Era tudo que eu queria!

Passados os primeiros 15 dias, começou a surgir a bonança no horizonte. Já com leite mais abundante, seios cicatrizando, comecei a curtir o que considero o momento de maior intimidade entre Caio e eu. Ah! E como meu filho gosta de mamar, Deus benza!

Agora, 55 dias depois do parto, eis que tenho um bebê gordinho, fofinho nos meus braços!! Tô orgulhosa, sim. Tô toda boba. Afinal de contas, eu consegui.

Moral da história: Acredite você também consegue. Seu bebê - e seu corpo - vão agradecer. Mas longe de mim criticar quem não tiver forças para ultrapassar os 15 dias.

Burp!

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